segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A JUSTIÇA TARDA MAS NÃO FALHA.

O acordo havido no caso desta invasão é a tendência da maioria dos processos de invasão em Nova Lima. Nas que não houver acordo, a tendência é de o juizo determinar a desocupação compulsória.

SENHOR PROPRIETÁRIO

visite seu lote, verifique a situação e faça valer seus direitos.

O DIREITO NÃO SOCORRE OS QUE DORMEM.

Por ASSOCIAÇÃO DE PROPRIETÁRIOS DO BALNEÁRIO ÁGUA LIMPA

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Demarque, topografe, cerque e construa.




É imprescindível os proprietários de lotes no Balneário Água Limpa terem o registro de seu imóvel, impostos em dia, documentação regularizada, primordial estar sempre visitando a região.
Dermarquem, topografem, cerquem para demonstrar que não abandonou o seu imóvel.


Interessados comunicar com o topógrafo Vitor (31)84003488  *  (31)34831266.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Trecho urbano da BR-356 exige obras e coordenação adequada

Especialistas apontam necessidade de organizar a fiscalização no trecho da rodovia entre o Trevo do Belvedere e o Viaduto da Mutuca e sugerem intervenções para desafogar trânsito


Paula Sarapu

Publicação: 04/11/2012 07:19 Atualização:

Engarrafamento provocado por acidente entre caminhão e moto na BR-356, em julho: especialistas criticam falta de integração entre polícias e BHTrans (euler junior/em/d.a press - 25/7/12)
Engarrafamento provocado por acidente entre caminhão e moto na BR-356, em julho: especialistas criticam falta de integração entre polícias e BHTrans


Assim como o Anel Rodoviário, a BR-356 também é considerada pelos especialistas uma via urbana, no trecho que começa no Trevo do Belvedere, depois da Avenida Nossa Senhora do Carmo, e segue até o Viaduto da Mutuca. Além das dificuldades com o trânsito que mistura carretas e veículos leves, a rodovia também sofre com a questão institucional. Ali, o trecho é federal até o trevo, mas a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (PMRv) se dividem na fiscalização. Já na descida da Nossa Senhora do Carmo, que recebe grande fluxo de veículos, à exceção de caminhões pesados, a jurisdição é municipal.

“A questão institucional é importante. Quem é o dono, quem manda, quem vai resolver? É preciso tratar aquele trecho como uma avenida da cidade, da forma como ela já é, mas como há vários órgãos atuando ali, eles precisam de colaboração e coordenação”, diz o engenheiro civil e mestre na área de transportes Silvestre de Andrade Puty Filho.

Paulo Rogério Monteiro, mestre em engenharia de transportes pelo Instituto Militar de Engenharia, concorda: “Ali é necessária uma gestão integrada. Qualquer lentidão naquele trecho causa problemas no Belvedere, na Avenida Raja Gabaglia e na MG-030”. Ele acredita que o complexo viário prometido para o trecho do entorno do BH Shopping vai melhorar o trânsito, opinião compartilhada por Silvestre. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), o Portal Sul já tem o projeto pronto, à espera de verba federal para licitar a obra.

“O portal é interessante pela fluidez e também porque vai permitir novas possibilidades de articulação com a região metropolitana”, avalia Silvestre. “A entrada da cidade basicamente é feita pelo Anel. A alça Sul, com trincheiras e viadutos, vai desafogar essa outra via”.

Alça leste

O professor Ronaldo Guimarães Gouvêa, do Departamento de Engenharia de Transportes da UFMG, vai além. Para ele, o trânsito congestionado na Savassi já é reflexo do fluxo que vem pela BR-356 com destino à Região Leste da cidade. Ele aposta na alça Leste como uma saída e acredita que, com o Rodoanel, o velho Anel terá o papel de via de ligação para o qual foi criado, minimizando o impacto na região Centro-Sul. Uma opção, para ele, é começar o desvio entre o Jardim Canadá e o Viaduto da Mutuca, ligando a via até a BR-262.

“Quem desce a BR-040 até a 356 ainda não tem nenhum acesso em Nova Lima por questões preservacionistas. Isso torna intenso o trânsito da Avenida Nossa Senhora do Carmo, com fluxo de quem vai para bairros como Esplanada, Santa Efigênia, Taquaril ou até para Sabará. Teria que ver uma solução baseada nos aspectos ambientais, de trânsito e urbanista, mas não dá para passar atrás do BH Shopping porque a região ali já está saturada”.

Segundo o Dnit, um estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental ainda será feito para avaliar as possibilidades da construção da Alça Leste. Caso haja viabilidade, as etapas seguintes são o estudo do traçado e a elaboração dos projetos básico e executivo. Só então terá início a fase de licitações. Sobre o trânsito de cargas pesadas no trecho que antecede a Avenida Nossa Senhora do Carmo, o Dnit informou que a portaria normativa está pronta e deve ser publicada na semana que vem, atendendo um pedido da BHTrans, que ofereceu até a nova sinalização.

Urbanistas propõem Anel da Serra

Em horário de pico, trânsito também fica ruim na Rua Eurico Dutra, no Bairro Belvedere (Jackson Romanelli/D.A Press)
Em horário de pico, trânsito também fica ruim na Rua Eurico Dutra, no Bairro Belvedere

Um projeto datado de 1986 também já vislumbrava o caos no trânsito no entorno do Bairro Belvedere e sugeria às autoridades alternativas para a circulação. Elaborado por um grupo de urbanistas, ele foi batizado de Anel da Serra, desviando o trânsito da BR-356 por dentro do bairro, em duas pistas à beira da ferrovia desativada. Segundo o arquiteto e urbanista Henrique Campos, que dirigiu a Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nunca houve resposta para a ideia do projeto, que facilitaria a passagem de veículos de passeio.

De acordo com o projeto, a via seria uma continuação de uma avenida urbana saindo de Brumadinho até o Belvedere, por trás do município de Nova Lima. Segundo Henrique, moradores dos condomínios poderiam cortar caminho, deixando o trânsito de caminhões de carga para a rodovia. “A BR ficaria livre para quem entra ou sai da cidade. Aproveitaríamos o leito da ferrovia atrás do Belvedere, que está desativada, e ainda poderia ser utilizada para o metrô. Usaríamos a faixa de desapropriação, fazendo duas pistas laterais à ferrovia”, explica o arquiteto, que também não descarta a importância do Rodoanel. “O trânsito pesado não pode cortar a cidade”.

Numa outra etapa, o projeto amplia os acessos ao Belvedere pela Rua da Paisagem, depois do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, em 1.500 metros de avenida. Ele diz que três pistas poderiam ser abertas para ir e para voltar. Há ainda possibilidades de fazer outro acesso pela Avenida Bandeirantes, nos fundos do Parque Juscelino Kubitschek, no Bairro Sion. “Seriam mais duas pistas por ali e outras duas pela Praça Alasca (no mesmo bairro). O problema é que, na época, os moradores do Belvedere não queriam que ninguém de Nova Lima passasse pelo bairro deles”, lamenta Henrique.

Ele diz que o Anel da Serra também resolveria o problema de integração com a Região Leste da cidade, estimulando ainda o lazer no Parque das Mangabeiras. O projeto também destaca as possibilidades de aproveitamento do sistema viário metropolitano.

Rodoanel exige adaptações no Anel Rodoviário

No longo prazo, a construção do Rodoanel é apontada como fundamental por especialistas e mesmo pela BHTrans para melhorar a circulação no Anel Rodoviário. “O grande problema do Anel é a mistura do tráfego pesado dos caminhões com o tráfego urbano, de automóveis, motocicletas e ônibus”, analisa o engenheiro Silvestre de Andrade Puty Filho. “Esse conflito é uma das principais causas de acidentes”, acrescenta.

O Rodoanel, segundo ele, resolveria em boa medida esse problema. O velho Anel, com isso, precisaria de um tratamento especificamente urbano. “Depois de construir o Rodoanel, é preciso dar um tratamento melhor para pedestres no velho Anel, com passeios, passarelas e pontos de ônibus mais bem localizados. A sinalização também deve ser urbana e não podemos deixar de integrá-lo com o sistema viário já existente no entorno. Assim, as condições serão mais adequadas para a cidade toda”, avalia Silvestre.

Para o professor da UFMG Ronaldo Guimarães Gouvêa, o Rodoanel é uma obra que deveria despertar mais interesse plurigovernamental. Ele considera essa intervenção mais importante que a duplicação das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado. “Não é uma obra secundária”, defende. “Sem o Rodoanel, as rodovias se misturam no velho Anel e não é possível conciliar caminhões e carretas a 80km/h e 100km/h com trânsito urbano. Essa rodovia saturada tem que ser repensada como uma avenida completa”, cobra.

Responsável pelo trânsito de BH, o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, concorda com a necessidade de repensar o Anel Rodoviário. “Quando ocorre um problema ali, às vezes precisamos de um plano B. Um acidente ali paralisa tudo”, admite. “É como uma trombada com efeito dominó”, considera. “Essas rodovias que cortam a cidade são o maior problema do trânsito em BH e por isso o Rodoanel é fundamental”, reconhece.

Para o trecho Betim-Ravena do Rodoanel, o governo de Minas é responsável pelo projeto e execução, com verba federal. A ideia é fazer parceria público-privada para a obra, que não deve custar menos de R$ 500 milhões. O projeto inicial já foi feito e encaminhado para a Secretaria de Transporte e Obras Públicas. Oito empresas apresentaram propostas. O governo avalia o material. Já o trecho Sul e o contorno Leste, segundo o Ministério dos Transportes, ficarão a cargo da União. Para a alça Sul, o edital dos estudos de traçado e elaboração do projeto foi publicado em junho e o processo encontra-se em fase de recurso. Não há estudo para o Contorno Leste, mas deve começar na BR-040, altura do Bairro Jardim Canadá, em Nova Lima. Ele passaria pelas proximidades do Parque das Mangabeiras e pelo Bairro Taquaril, até a BR-381, fechando totalmente o círculo.

Fonte: www.em.com.br

Especialistas apontam soluções para desafogar o Anel e a BR-356, em Belo Horizonte

 Duas estradas `abraçadas` pela cidade que se tornaram sinônimo de congestionamento e perigo


Paula Sarapu

Publicação: 04/11/2012 07:16 Atualização: 04/11/2012 07:23

Rotina de acidentes: ontem, caminhão-reboque foi atingido por carreta enquanto estava parado em marginal no km 5 do Anel  (jackson romanelli/em/d.a press)
Rotina de acidentes: ontem, caminhão-reboque foi atingido por carreta enquanto estava parado em marginal no km 5 do Anel

Os problemas são conhecidos. Nos horários de pico, congestionamentos; fora deles, muitos motoristas se arriscando em alta velocidade. E com frequência assustadora, acidentes e mortes ocorrem em boa medida pela mistura de carros de passeio e motocicletas com caminhões e carretas. O crescimento de Belo Horizonte e cidades no entorno da capital criou uma situação pouco comum em outras metrópoles brasileiras: duas rodovias federais que se tornaram parte do trânsito habitual. O Anel Rodoviário e a BR-356, entre o trevo do Belvedere e o Viaduto do Mutuca, desafiam a paciência, a segurança e a capacidade de reação das autoridades. No ano passado, só o Anel registou 33 mortes. Este ano, até outubro, foram quase 2 mil acidentes, nos quais 25 pessoas perderam a vida. Para analisar a situação das vias e buscar soluções para torná-las mais seguras, o Estado de Minas ouviu especialistas habituados às duas estradas. Em comum, todos apontam obras grandes para atacar o problema de maneira definitiva, casos da reforma do Anel e da construção do Rodoanel. Mas, boa notícia para motoristas, eles concordam que há medidas passíveis de ser adotadas no curto prazo. Mais fiscalização e presença ostensiva da polícia, gestão integrada dos órgãos responsáveis pelos trechos, criação de plano de emergência, redução do limite de velocidade e melhorias na sinalização, eles avaliam, já serviriam para tornar o trânsito mais civilizado.

Velocidade menor, mais áreas de escape


O Anel Rodoviário, importante eixo da malha rodoviária nacional, foi engolido pela cidade. Construído nos anos 50 para desafogar o trânsito de caminhões que cortavam Belo Horizonte, não foi projetado para a quantidade de veículos que ali passaram a circular com o crescimento da capital mineira, que ultrapassou seus limites. Especialistas indicam que a construção do Rodoanel, obra viária de 62 quilômetros que só deve sair do papel a partir de 2016 e será custeada pelo governo federal, resolveria um problema crucial: diminuir o trânsito de veículos pesados da via. Mas apontam que um “tratamento de choque” no Anel é necessário e urgente.

Para o professor Ronaldo Guimarães Gouvêa, do Departamento de Engenharia de Transportes da UFMG, um ponto é fundamental: aumentar o policiamento ostensivo, fiscalizando e punindo motoristas irresponsáveis. “As câmeras de segurança são muito importantes, mas os agentes precisam estar mais lá. O Anel precisa de uma medida bem radical, quase de guerra, porque vemos como as carretas descem aquilo ali a mais de 100km/h. Polícia na rodovia tem um forte impacto no lado psicológico”, acredita.

A Polícia Militar Rodoviária, responsável pelo patrulhamento no Anel – embora seja uma via federal – não divulga seu efetivo por questões de segurança. Gouvêa cobra a revitalização da rodovia e defende até um controle maior da velocidade, chegando ao limite de 60km/h – hoje, a velocidade máxima para carros de passeio é de 70km/h e de 60km/h para caminhões. “Se passar acima disso, os policiais têm que parar e reter os veículos. É preciso vender uma imagem de que o Anel é ‘rabo de foguete’, de que passar lá é muito chato por causa do controle.”

O engenheiro civil e mestre na área de transportes Silvestre de Andrade Puty Filho concorda com a redução do limite de velocidade e aponta medidas estruturais. Ele defende o alargamento de trechos estrangulados, que reduzem a capacidade de circulação e aumentam chance de acidentes. Além disso, ele avalia ser necessário, no curto prazo, implantar vias marginais em todo o percurso e criar áreas de escape, principalmente na descida – a medida foi defendida no mês passado por caminhoneiros durante protesto no Anel. Silvestre de Andrade também sugere a renovação imediata da sinalização e recuperação dos divisores das pistas, que estão estragados. “O Anel tem que ganhar um novo tratamento para ontem. Cito ainda a necessidade de um pavimento com melhor aderência, a melhoria das interseções e iluminação mais eficiente. São medidas emergenciais, todas voltadas para a segurança”, diz.

Como parte das obras de revitalização do Anel, está prevista para amanhã a abertura de envelopes com os projetos de engenharia. Entre os pontos exigidos, como apontam os especialistas, estão o aumento da capacidade de fluxo com alargamento das pistas que afunilam, correção dos viadutos e instalação da via marginal ao longo de todo o Anel. O projeto básico previa a reforma e construção de todas as interseções de acesso à cidade em toda a via.

Integração e plano de emergência urgentes

Para o mestre em engenharia de transportes pelo Instituto Militar de Engenharia do Rio de Janeiro Paulo Rogério da Silva Monteiro, qualquer melhoria imediata passa pela elaboração de um plano de contingência e gestão integrada para rápida resposta aos acidentes. Nesses casos, por exemplo, a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) costuma acionar a BHTrans para pedir um reboque emprestado.

Em situações mais graves, quando há acidentes envolvendo carga tóxica ou química, a dificuldade é maior. No dia 24 de outubro, por exemplo, as autoridades levaram 13 horas para desobstruir o Anel Rodoviário depois que uma carreta carregada com 25 toneladas de gás de cozinha tombou. O congestionamento chegou a oito quilômetros. “São rodovias com interface grande, mas jurisdições diferentes. Não dá para pensar em quem é o responsável, quem faz o quê ou onde faremos desvios’”, defende Paulo Rogério. “Um dos problemas é a gestão da operação, meio compartilhada, meio sem dono, meio com responsabilidade do outro”, critica.

Ele afirma que falta aprendizado com os problemas e presença ostensiva da polícia. “Poderia haver parceria com centrais de reboque, deixando um veículo às margens do Anel. Mas é claro que é preciso engajamento das esferas públicas e privada”, conclui.

Fonte: www.em.com.br